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Estado conseguiu reduzir para metade as estimativas da Câmara de Lisboa: “O problema da megalomania vem mesmo da Câmara Municipal”.

António Pedro Santos/LUSA
António Costa e Carlos Moedas
O altar-palco para a Jornada Mundial da Juventude, Lisboa 2023, foi mesmo o assunto da semana.
Os 5 milhões de euros previstos para a estrutura têm sido motivo de críticas, no meio de uma jornada de contradições.
O altar da discórdia tem um custo elevado, de acordo com Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, porque foi preciso aceder aos pedidos da Igreja Católica – embora o Vaticano já tenha negado essa versão.
“Mas a Igreja parece ter um pouco mais de juízo nas despesas”, defendeu o comentador Daniel Oliveira.
Na SIC Notícias, o comentador descreveu: “Moedas alega que foi o primeiro a querer limitar os custos. O palco é, e sempre foi, da responsabilidade exclusiva da Câmara Municipal de Lisboa”.
“Já havia um projecto e Moedas é que quis uma coisa mais megalómana, para todos os bispos ficarem à sombra”, com fundações que considera desnecessárias.
Daniel reforça que o problema é mesmo da Câmara Municipal de Lisboa: “O Estado conseguiu reduzir para metade as estimativas da Câmara. O problema da megalomania vem mesmo da Câmara Municipal”.
Depois o comentador recordou outro caso: o PSD pede demissão de João Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros, devido a uma derrapagem nas obras do Hospital Militar de Belém – custaram 3.2 milhões de euros em vez dos 750 mil euros previstos.
Uma diferença de quase 2.5 milhões de euros, no caso do hospital: “O valor dessa derrapagem só dava para construir meio altar”.
“Se o PSD quer fazer toda a sua oposição com base em casos e casinhos, talvez não seja boa ideia gastar 5 milhões num altar para uma missa”, apontou o comentador.
Pedro Mexia, noutro programa do mesmo canal, indicou: “Estas coisas parece que têm uma espécie de via verde quando estão relacionadas com a Igreja”.
O comentador percebe que o evento é enorme mas há que pensar no futuro: “É muita gente, tem que haver condições para receber muita gente, mas tem que se pensar o que faz com aquilo depois”.
Nuno Teixeira da Silva, ZAP //
28 Janeiro, 2023
published in: 7 dias
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